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Carlos Brandão teria confidenciado a prefeitos aliados que Orleans será candidato sem apoio de Lula

  • Foto do escritor: O maranhense Online
    O maranhense Online
  • 11 de nov.
  • 2 min de leitura
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O silêncio marcado por desânimo após a conversa entre o governador Carlos Brandão e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa a ser quebrado por atitudes recentes do chefe do Executivo maranhense desde a suposta reunião ocorrida no fim do mês passado, em Brasília.


Apesar de a imprensa alinhada ao Palácio dos Leões e à Assembleia Legislativa ter divulgado que o encontro foi “positivo”, fontes ligadas ao governo afirmam que o presidente Lula teria sido direto ao afirmar que não apoiará a candidatura de Orleans Brandão, sobrinho do governador, nas eleições de 2026. Segundo essas mesmas fontes, Lula teria reforçado a necessidade de cumprir o compromisso político firmado em 2022 e reiterado que não pretende se opor à ala progressista que o apoiou no Maranhão.


Ainda de acordo com interlocutores próximos ao governo, Brandão teria tentado apresentar uma alternativa considerada “inviável e imoral”: renunciar ao cargo para disputar o Senado, abrindo espaço para que Iracema Vale, presidente da Assembleia Legislativa e aliada de confiança da família, assumisse o governo e conduzisse uma eleição indireta. A proposta, vista como uma manobra para manter o controle do grupo sobre o poder, teria sido prontamente descartada por Lula.


O governador teria retornado de Brasília com a convicção de que Felipe Camarão será o nome apoiado pelo presidente em 2026. Diante desse cenário, Brandão passou a preparar seus aliados, admitindo em conversas reservadas que Orleans deverá disputar o governo sem o apoio de Lula e da base progressista.


Em reuniões com prefeitos no interior do Maranhão, o governador, em tom mais descontraído, teria reconhecido após “alguns goles de tiquira” que Orleans será seu candidato, mas possivelmente sem respaldo do presidente Lula. Brandão teria dito ainda que está disposto a ir para o “tudo ou nada” para eleger o sobrinho, contando apenas com a estrutura e influência do Palácio dos Leões.


O plano político do grupo Brandão é considerado arriscado e, segundo análises internas, com grandes chances de fracasso. Pesquisas qualitativas apontam baixa aceitação do nome de Orleans Brandão, que não possui experiência administrativa nem trajetória política consolidada. O parentesco com o atual governador, cada vez mais criticado por aliados, também tem pesado negativamente.


A pouco menos de um ano das eleições, Orleans tem intensificado agendas no interior do estado, participando de eventos oficiais e entregando cartões do programa Maranhão Livre da Fome e tablets do Maranhão Conectado. Apesar disso, continua sendo percebido pelo eleitorado como um nome inexpressivo e despreparado, inclusive para defender publicamente as ações do governo de seu tio.

O impacto só não tem sido maior porque, segundo relatos, prefeitos aliados mobilizam caravanas de outros municípios para evitar que os eventos fiquem esvaziados — um retrato simbólico da dificuldade que o sobrinho de Brandão enfrenta para se firmar politicamente em um cenário altamente competitivo.

 
 
 

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